Atlético Mineiro, Campeonato Mineiro
24.04.2017
Postado por Marina de Mattos Dantas
Atlético 3×0 URT – Semifinal Campeonato Mineiro 2017
Apesar da situação aparentemente confortável de jogar pelo empate, já na entrada em campo a massa cobrava raça do time todo em um de seus famosos cantos, demonstrando que estava ali para fazer o seu papel de empurrar o time.
No terceiro jogo seguido pelo Campeonato Mineiro (eu não aguento mais ver jogo contra a URT), além da expectativa pela classificação, a volta do goleiro Victor também era esperada. Mas, como se deseja de todo o goleiro, sua reestreia na titularidade não chamou muito a atenção e seus dotes santos não foram exigidos (e que assim continue sendo, amém!).
A URT, apesar de deixar o Atlético em algumas situações complicadas, não conseguiu emplacar seu fatídico contra-ataque. Alguns deles foram paralisados forçosamente, o que resultou em dois cartões amarelos antes mesmo dos 18 minutos de partida (Marlone e Leo Silva). Dizer que a defesa do Atlético anda desorganizada vem sendo pleonasmo, mas nesse jogo não houveram maiores consequências desses desarranjos.
Mas vamos falar de coisas boas. No texto passado falei sobre a necessidade de desestagnar o ataque e sobre a esperança que tenho em relação ao retorno do Maicosuel, principalmente agora que Luan voltou para o DM. Embora com o chute bastante descalibrado (convenhamos, a dificuldade em acertar o gol anda grande e não somente para ele), o rapaz já começou o jogo como eu esperava; indo para cima, abrindo espaços na marcação do time de Patos de Minas.
O Galo conseguiu, finalmente, se segurar mais no ataque deixando a bola voltar menos para o seu campo do que aconteceu nos outros jogos contra a URT. Porém, novamente, muitas chances desperdiçadas.
Rafael Moura parecia não acompanhar muito as jogadas, mas com a bola na cabeça, depois do cruzamento certeiro de Marcos Rocha, a praia era dele e não houve chances para Juninho defender. O esperado gol saiu aos 36 do primeiro tempo e incendiou a partida do lado atleticano da força!
E assim parecia permanecer na segunda parte do jogo. Aos três minutos, Rafael Carioca acerta um chutão no travessão, mas no geral o que prevaleceu foram os cruzamentos sem muita precisão e chutes a gol sem mira.
A chance de ampliar o placar chega com o pênalti sofrido por Marlone e convertido por Robinho. E sim, depois do gol de Robinho o Galo ganhou ainda mais confiança para errar mais gols. Rafael Moura perdeu um, sem muitas dificuldades, aos 14 minutos e o festival de chutes para o céu continuava.
Quando tudo se encaminhava para outro satisfatório 2 x 0 no Independência, o gol de Otero veio para selar a classificação aos 44 minutos e garantir a festa atleticana. A décima primeira final seguida do Galo e a possibilidade de seu quadragésimo quarto título no campeonato.
E diante das discussões sobre cornetar ou não (deixemos essa para um outro dia), hoje preciso concordar com Robinho: o Galo está numa ascendente (ainda que lenta, como sempre comento) e não numa queda de rendimento como nos iludem algumas análises estatísticas baseadas somente em resultados.
Enfim, uma final nada original para a Pão de Queijo’s League contra os rivais de azul, que também se classificaram. É a chance de mais um título, do Galo mostrar para Minas que esse time está se encontrando, e que quando tá valendo, tá valendo!
Fotos de Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
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