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06.03.2018

Postado por Colaboradoras

Parece até um clássico!

Santos 1 x 1 Corinthians – R10 Campeonato Paulista 2018

Léo Pinheiro/FramePhoto/Gazeta Press

Léo Pinheiro/FramePhoto/Gazeta Press

Corinthians e Santos proporcionaram grandes momentos neste domingo, no seu, no meu, no nosso Pacaembu!

O Corinthians teve um inicio de partida superior ao time praiano, com maior domínio de bola e criando as chances mais claras de gol. Entretanto, só conseguiu acertar a meta santista quando, aos 19 minutos do primeiro tempo, a Lei do Ex, mais uma vez, não falhou. O volante Renê Junior, que atuou pelo Santos em 2013 e já vem sendo elogiado por mim há algumas partidas, acertou um belo chute de fora da área que parou no fundo das redes de Vanderlei, após desviar em Léo Cittadini e enganar o arqueiro santista. Que golaço, Renê!

No segundo tempo, o Santos voltou melhor, impôs o jogo e, com a maior parte de suas jogadas oriundas de bola aérea, pressionou o Corinthians no seu campo de defesa. Abro aspas para confessar aqui a preocupação que tenho em relação às bolas aéreas na área do Corinthians, desde 2017. De 20 gols sofridos até outubro do ano passado, 11 haviam sido de jogadas aéreas. E não me parece falta de treinamento, uma vez que Carille, desde então, tem trabalhado seriamente o posicionamento da defesa em jogadas desse estilo.

Talvez, por isso, tenhamos dado conta do recado, pelo menos neste jogo, quando conseguimos afastar com efetividade quase todas as chances criadas pelo Santos. Uma pena não ter sido suficiente para evitar o empate santista, que ocorreu aos 41 minutos do segundo tempo, quando Diogo Vitor aproveitou o rebote de Cássio na entrada da área, após cruzamento, e fez o gol que garantiu a igualdade no placar.

Pouco depois do gol, com o Santos embalado pelo empate e pressionando ainda mais o Corinthians, Cittadini foi derrubado dentro da área por Balbuena. Mas Luíz Flávio de Oliveira entendeu que a falta havia ocorrido fora da área e não marcou o pênalti que poderia ter decretado a virada santista (embora eu prefira acreditar que o Cássio defenderia).

Destaque do jogo

Ivan Storti / Divulgação: Santos FC

Ivan Storti / Divulgação: Santos FC

Apesar do golaço de Renê Junior, da estrela de Diogo Vitor (que fez seu primeiro gol como profissional) e de mais um bom jogo de Rodriguinho, o grande destaque desse jogo, mais uma vez, foi Ángel Romero. Ele vem se tornando protagonista nos principais jogos disputados pelo Corinthians, seja com gols, comemorações irreverentes ou discutindo com rivais.

Tudo começou em 2015, na goleada por 6 a 1 contra o São Paulo, quando o paraguaio marcou dois gols e, após um deles, fez o número seis com as mãos, em alusão irônica ao placar do jogo e ao hexacampeonato que o Corinthians havia conquistado ainda naquela semana.

No Brasileirão de 2017, Romero abriu o placar diante do Palmeiras, em confronto com clima de final, e comemorou fazendo uma selfie que entrou para a história.

No último domingo, já no final da partida, Romero deu um carrinho próximo ao banco de reservas do Santos e ficou caído no gramado, se queixando de uma solada (que existiu, conforme imagens). Depois, na saída de campo, ele ironizou o excesso de comemoração do time praiano e os chamou de “time pequeno”.

Marcos Ribolli

Marcos Ribolli

O fato é que, enquanto os adversários passam raiva com a catimba do paraguaio, a Fiel reverencia cada vez mais o nosso camisa 11. Não tanto pelo desempenho técnico, que realmente deixa a desejar, mas, principalmente, pela raça que nunca faltou ao atacante. Isso sem contar o desempenho positivo nos clássicos e a confiança que ganhou de Carille, sendo, hoje, fundamental no esquema tático adotado pelo treinador.

Desde 2014 no Coringão, Romero já entrou para a história corintiana como o estrangeiro com mais jogos pelo clube. São 172 jogos, 27 gols marcados, dois títulos brasileiros e um paulista.

Com apagão de mais de 50 minutos, catimba, provocações extra campo e lamentável confusão de torcedores fora do estádio, o confronto entre Santos e Corinthians nesse domingo, no Pacaembu, contou com todos os ingredientes geralmente utilizados para dar sabor a um clássico (pena não ser um).

Por Tatiane Araújo

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