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16.08.2016

Postado por Arquivo

Adeus, Fábio. Acabou!

Hoje cheguei em casa por volta das 13hrs, peguei meu celular e vi mais de 30 menções no Facebook e mais de 20 conversas no Whatsapp com um único assunto: lesão do Fábio.

Tomei conhecimento da lesão, uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito. O prazo estimado para voltar é teoricamente de 8 meses. Naquela exata hora me lembrei do jogo de ontem, onde ele já machucado recusou pedir substituição. Aquela bola parada do gol do Juan poderia ter sido pega se alguém tivesse pulado.

Vi ali uma coisa que queria há anos: Rafael titular (que por sorte foi liberado do DM e já está treinando). E, claro, me lembrei de que a faixa de capitão passaria para Henrique, que de fato será um capitão menos pacifico e que vai gritar e dar broncas em quem for preciso.

Nunca escondi que queria Fábio longe do Cruzeiro, mas não desta forma. Reconheço que ele será eternizado no clube, mas sua carreira acabou. E por motivos óbvios:

1 – 35 anos
2 – Nenhum outro jogador voltou 100% de uma lesão parecida
3 – O DM do Cruzeiro é deficiente
4 – Voltará sem condicionamento físico e principalmente sem a forma física
5 – Se voltar, pode de fato prejudicar o desempenho do time
6 – 1

Definitivamente, acabou.

Fábio é um goleiro de reflexos, pontes lindas, liderança… mas sempre pecou nas jogadas de bola parada e nas saídas. Parte da torcida gosta dele pelas defesas plásticas. Mas os que observam mais a parte técnica, não gostam pelos detalhes.

E olhando para o futuro, ou melhor, para o atual momento, precisamos fechar com o substituto. Independentemente de quem seja. Afinal, o Fábio se vai e o Cruzeiro ficará. Rafael é sem dúvidas o melhor nome, o garoto merece chances há anos e é meu queridinho desde 2011, naquele jogo dos 6×1. Desde muito novo assumiu uma baita responsabilidade, que poderia nos custar a primeira divisão do Brasileirão.

Fábio, depois de tempos lhe criticando eu agradeço pelos anos que defendeu o Cruzeiro, pelas vezes em que foi decisivo ou por quando acalmou e liderou o time. E quero parabenizá-lo pelos mais de 700 jogos. Não será fácil outro jogador escrever tanta historia através do tempo.

Mas não quero que ele volte. Quero que o Rafael faça essa torcida feliz ao ponto de questionar se Fábio deve voltar mesmo. Espero que volte e faça um jogo de despedida, digno de muita festa e euforia por partes dos cruzeirenses. Mas eu, prefiro fechar com a nova geração, seja o França ou o Rafael.

Adeus, Fábio.

Cristiane Mattos/Futura Press

Cristiane Mattos/Futura Press

 

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