Elenco
Alessandra Salgueiro
Palmeirense emotiva e verde até os ossos, Alessandra joga no meio de campo. Apazigua os ânimos das companheiras com sua visão mais experiente da vida. Digo, do jogo. Da várzea ao mais fino futebol europeu, ela consome o noticiário futebolístico tanto ou mais do que cerveja. Profunda conhecedora dos personagens do esporte, ela se inspira nos craques de antigamente para manter sua paixão no nosso maltratado futebol moderno.
Raisa Rocha
Gremista fanática e de sangue azul, Raisa joga no ataque. Com um certo descompasso emocional, às vezes complica o time com opiniões desmedidas. O estilo passional de viver o esporte acaba por atormentar ou comover os que estão por perto. No melhor estilo gaúcho e borracho de ser, afoga suas lágrimas e alegrias em intensas gotas de cerveja a cada jogo do seu tricolor. Crente de que sua função no time é mudar o mundo a partir do futebol, a boleira jura que o jogo imita a arte que imita a vida.
Jéssica Mendes
São-paulina de coração, Jéssica faz um jogo tranquilo, na observação, mas sem abrir mão da energia para uma boa atuação. Apaixonada pelo tricolor desde pequena, ela e sua família não perdem um jogo do SPFC pela TV e de vez em quando dão as caras na casa tricolor, Morumba – para os mais íntimos. Influenciada pela sua mãe a gostar de futebol e acompanhar (e amar) o São Paulo, para ela, futebol é coisa de mulher sim senhor!
Letícia Carolinne
Desde muito nova aprendeu uma certeza na vida: não importa quantos amores por ela passassem, o quanto a alegrariam e a trouxessem dor, o Cruzeiro seria o único que a acompanharia por toda a vida. Nascida, vivida e crescida dentro da Toca, da sede e do Mineirão; desde a saudosa Geral até a moderna arquibancada; respira o futebol e tudo que o norteia a encanta. Joga pelo ataque, como a maioria de suas grandes inspirações dentro das quatro linhas, e carrega consigo o encanto por todos aqueles que honraram a camisa 5 estrelas. Seus olhos jamais brilharão tão intensamente por qualquer outra coisa que não seja a história, os trunfos e batalhas do Cruzeiro, já que esse a ajudou em sua educação e formação, mas principalmente em sua paixão pelo futebol!
Patrícia Muniz
A representante alvinegra das terras alterosas joga no ataque: as atleticanas feministas estão chegando. Patrícia não nasceu no berço do futebol, foi criada acreditando que isso não era para meninas, mas essa paixão não tem gênero, nasceu com ela e o sangue alvinegro que corre em suas veias pulsou mais alto que as barreiras da sociedade patriarcal. Eterna apaixonada pelo Atlético Mineiro, seu lugar preferido no mundo é onde o Galão da Massa estiver jogando e ela luta diariamente para que sua presença nos estádios seja respeitada. Sempre faz de tudo para torcer e apoiar seu time, porque, “se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento”.
Caroline Araujo
Palmeirense fanática desde a infância, Caroline prefere não definir sua posição dentro das quatro linhas, joga aonde for necessário. Corre para o ataque e para o abraço sempre que o Verdão entra em campo e defende com unhas e dentes o time que ama desde os cinco anos de idade. Carol é dessas que desmarca o que for na hora do jogo do Palmeiras, que vai para o bar sozinha assistir às partidas e que tenta traduzir em palavras o amor que carrega. Sofre, sorri e se apaixona, todos os dias, pelo Palmeiras! Ser palmeirense é indizível… e basta!
Jéssica Loures
Num dia tu não gosta de futebol e no outro, se apaixona por ele. Se apaixona por um vermelho vibrante, cor de sangue, cor de raça e de amor. Naquele dia em que tu se apaixona, nada separa. Não nasci colorada, mas me tornei uma das mais apaixonadas. Mesmo morando em Minas Gerais, meu coração no Beira-Rio está, vibrando, torcendo, vivendo essa loucura que é ser do Internacional. Basta sentir o peso da camisa e o grito de apoio incondicional da torcida mais bonita do Brasil. Estaremos contigo, tu és minha paixão.
Ana Clara Costa Amaral
Cruzeirense de ruim, Ana Clara veste a 5 e é frenética na volância – arma e desarma, corre, fura, mata todo mundo de raiva. Mas ninguém contesta o amor da camisa 5 quando bem representada. Desde as idas clandestinas ao Mineirão aos 10 anos de idade e até hoje, ela quer vitória dentro e fora de campo. Gosta de aprender e escrever sobre a história e disputas políticas do clube, mas só se for pra melhorar. É membro da Resistência Azul Popular e do Coletivo RAP Feministas, adepta do tropeiro zoiúdo, filiada à corrente da gema mole.
Marcela Ferroni
Corinthiana desde criancinha, por influência e incentivo do paizão, alvinegra de carteirinha gosta de tudo preto no branco. Fanática na torcida, realista nas análises, não se contamina com o clima do “já ganhou” independente do resultado, afinal, “o jogo só termina quando acaba”. Sem criatividade suficiente para meia e com força para a marcação, vem para ser a volante desse time, chegando por vezes como elemento surpresa ao ataque. Parafraseando o “filósofo” da democracia, Sócrates, “o Corinthians não é só um time e uma torcida. É um estado de espírito.” E é desse estado de espírito que compartilha com uma nação.
Roberta Pereira da Silva
Sou eu Roberta, para alguns do Recife, para outros Miranda, para mim, sou Roberta franzina, de olhos atentos de jabuticaba, uma pessoa que prefere ser louca e acreditar na vida e na mudança, uma pessoa que tenta ver poesia no futebol e que entre uma linha e outra desfruta do direito ao grito. Santista, ocupante da Vila e do Pacaembu. Torcedora que sonha com uma arquibancada livre e com um mundo sem opressões.
Marina de Mattos Dantas
Efusivamente atleticana e moderadamente corneteira, apaixonada por estádios, nutre um apreço especial pelo Galo Doido. Na vida, atua pela lateral esquerda, ligeiramente melhor no ataque do que na defesa, adicionando imprevisibilidade ao jogo. Além do Galo, acompanha o que pode dos campeonatos argentino, uruguaio e capixaba. Não dispensa as boas amizades e as boas músicas, principalmente o bom e velho (alguns dizem que morto) punk rock. É produtora e comentarista do Programa Óbvio Ululante na Rádio UFMG Educativa e seus direitos federativos encontram-se no Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT/UFMG), onde é pesquisadora e se dedica aos estudos sobre o futebol na área das Ciências Humanas e Sociais.
Craque na empolgação, Jaqueliny é a típica flamenguista que crê fervorosamente na mística rubro-negra. Não segura a língua para lançar críticas e não poupa ninguém. Acompanha o Flamengo a quilômetros de distância, moradora do Distrito Federal compartilha o amor pelo time. De forma nenhuma controla a emoção, é habitual vê-la com lágrimas nos olhos, discutindo fervorosamente com rivais ou fazendo rituais de sorte que nem ela entende. Adepta do futebol Sul-Americano acredita fielmente que é o melhor e o mais emocionante do mundo, do futebol moderno só quer distância.
São Paulina desde os primeiros chutes, Mariana atua na defesa e, repleta de ca(r)rinho, leva o coração na ponta dos pés. Zagueira irremediável, religiosamente Tricolor Paulista, por vezes comete uma falta ou outra, mas garante que é por conta do excesso de vontade e, porque não dizer, da paixão ao Soberano. Nascida na Babilônia e uma das filhas de seu imponente Morumbi, essa são-paulina vive com a cabeça nas estrelas: Raí, Lugano, Hernanes. Amante do futebol-raça, das desarmadas valentes, dos dribles ousados e da criatividade nos gramados, acredita que o futebol é a poesia que resta em épocas tão cinzas.
Infelizmente não nasci Baêa, mas a vida me fez amá-lo ainda pequena. Fanática, corneteira e insuportável. Defensora do futebol raiz e dos times nordestinos. Às vezes ataco escrevendo textos bastante clubistas pois sou daquelas que acredita até o último minuto (graças a Charles e Bobô eu posso sonhar). Sou fiel ao meu clube e jamais irei deixá-lo. Didico e Chulapa que nos abençõem.