20.11.2017
Postado por Patrícia Muniz
Atlético 3 x 0 Coritiba – R36 Campeonato Brasileiro 2017
O ano está acabando e nos restam apenas dois jogos até o recesso dentro das quatro linhas. Em breve, estaremos fazendo os balanços do ano, preocupados com as eleições presidenciais, reforços, debates internos e especulações do mercado da bola. E a cancha, que é bom? Nada. Todo mundo de férias e apenas os bastidores trabalhando. Por isso mesmo, eu me dei de presente um final de semana com overdose de Galo, para recarregar as energias antes que a última rodada chegue e eu fiquei semanas longe do meu lugar favorito – a arquibancada.
No sábado, o Galinho enfrentou o Cruzeiro pelo primeiro jogo da final da Supercopa Sub-20, que garante vaga na Copa Libertadores da categoria, no próximo ano. E, para o domingo à noite, uma vitória tranquila de 3 a 0 sobre o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro. Era realmente tudo que eu precisava.
Não estávamos em grande número, mas a chuva não cortou o ânimo. Ao contrário, aqueles que driblaram o mal tempo e saíram de casa com seus mantos alvinegros, mesmo sob uma garoa insistente, estavam certos de que esse era o momento de gritar ainda mais alto.
O clássico aconteceu no Independência e as equipes empataram sem gols. A base atleticana tem tido um ano triunfante e, por alguns detalhes, não largou na frente do rival. O garoto Daniel carimbou o travessão em duas oportunidades, logo no primeiro tempo. Desde o primeiro minuto, nos impomos fazendo muita pressão e efetivando inúmeras roubadas de bola com muita raça. O rival estava recuado à espera de um contra-ataque, mas não demos espaços. A decisão acontecerá na próxima quinta-feira (23/11/2017), às 19h, também no Independência.
No jogo da equipe profissional, o time também se impôs em campo, mas foi mais feliz que o Galinho nas finalizações e conseguiu conquistar uma vitória tranquila, com direito a um golaço do meio de campo. Subimos novamente a montanha-russa do Brasileirão, dessa vez de forma consistente e segura, e estamos aqui sonhando mais com ela – a famigerada Libertadores da América.
Apenas 30 minutos foram suficientes para o Galo construir o triunfo diante do Coxa. O baixinho venezuelano, Otero, foi o grande destaque da partida. Foi ele quem abriu o placar logo aos quatro minutos de jogo. Ao contrário do que costuma acontecer com a equipe, não houve recuo e nos mantivemos em cima, sem dar qualquer chance para o adversário. Para manter a tradição, após escanteio de Marcos Rocha, foi Leo Silva quem marcou de cabeça e ampliou o placar.
Muitas vezes contestado ao longo da temporada, Otero marcou também o terceiro e último gol da partida, e esse foi uma verdadeira obra de arte. Ele recebeu a bola ainda no nosso campo e estava confiante, já havia dado trabalho ao goleiro Wilson. Robinho passou pelo meio pedindo o passe, mas Otero percebeu que o goleiro estava adiantado e marcou um golaço, lá mesmo, do meio da rua. Um presente merecido para esse venezuelano dedicado e raçudo. Eu mal podia acreditar que presenciava outra pintura desse tipo, depois daquele gol do Cazares na final da Copa do Brasil. E é real, é o Galo me iludido de novo.
Segunda-feira pode não ser o melhor dia, mas será fácil de levar depois desse fim de semana maravilhosamente atleticano. Está tudo bem, porque eu estava lá inebriada por essa loucura que é o futebol.
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